Odila dos Santos Aguiar

Odila dos Santos Aguiar nasceu no dia 13 de janeiro de 1934 filha do senhor José dos Santos e da senhora Nair Baltazar dos Santos, no dia 15 de abril de 2015 ela nos recebeu na casa de sua irmã e nos contou um pouco de trajetória na vida pois se lembra que nasceu e teve uma parte de sua infância na rua sete de setembro próximo da rua José Bonifácio e o local ali era conhecido como Biquinha visto que vizinho dali havia uma nascente de água, e exatamente neste local, é onde foi construído o teatro municipal Dr. Alderico Vieira Perdigão, e ali brincavam a noite na rua com outras crianças até sua mãe chamar para entrar, e lavar os pés para ir dormir, Odila estudou  na escola que funcionou durante algum tempo no salão do Flor de Maio, depois foi para a Escola Estadual Eugênio Franco onde concluiu o curso primário, lembra que ficou órfã de pai muito cedo e que sua mãe Dona Nair que batalhou bastante para criar os filhos, a família sempre foi muito ligado ao clube tanto que desde jovem já com sua e mãe, irmãs e tias ajudar na construção do salão do Flor de Maio, pois os homens que grande parte trabalhavam na Companhia paulista de Estradas de Ferro, nos fins de tarde e nos fins de semana iam trabalhar na construção e as mulheres serviam a alimentação e também ajudavam no serviço mais leve, além do que as mulheres também promoviam eventos tipo festas, chás, bailes e outras atividades para angariar fundos para ajudar na construção, e o prefeito da época o professor Luiz Augusto de Oliveira “Luizão”, deu grande ajuda para o andamento da obra do clube além de pessoas e entidades que também contribuíram para tal. Na época o Clube Flor de Maio era referência e o ponto de encontro da comunidade negra da cidade pois era considerado a casa da negrada e foi a referência que representava a comunidade negra e sempre foi muito rígido com as regras de disciplina e respeito, pois nos bailes não era permitido “dar tábua” ou seja recusar o pedido de um cavalheiro para dançar, assim como também os homens não entravam no salão sem usar chapéu, e para dançar tinha que ter um lenço na mão como sinal de respeito para com as moças, ela participou de vários desfiles carnavalescos sob a regência de sua irmã Odete e sua Escola de Samba,  onde foi passista, porta estandarte nos bons tempos do carnaval na cidade de São Carlos, Odila foi funcionária da Universidade Federal de São Carlos, depois se transferiu para Universidade de São Paulo USP, onde se aposentou, é casada com Silvio Aguiar, este trabalho teve produção de Benê Silva e Maria de Lourdes Tobias Serafim, edição e direção geral de Benê Silva, e colaboração de Nádia Cristina Ferreira, é a IBS Pesquisas, eternizando as histórias de vida.

Links dos mini vídeos 

1- Eu nasci na Biquinha  *  2- Após brincar lavar os pés para dormir  *  3- Ficou orfã de pai muito cedo  *  4- A Escola do Flor de Maio  *  5- A construção do salão do Flor de Maio  *  6- Promoções e ajuda para construção do salão  *  7- O Flor de Maio era da comunidade negra  *  8- O Flor de Maio era a nossa casa  *  9- As regras rígidas do clube  *  10- Era proibido dar tábua nos cavalheiros  *  11- O namoro o casamento e a família *  12- O trabalho na USP