Myriam Milaré Sebin nasceu em Descalvado SP em 18 de janeiro de 1930 filha de Ernesto Milaré e Francisca Del Porto Milaré, no dia 25/07/2016 ela nos recebeu juntamente com sua filha Toninha Sebin e nos contou que na fazenda Jaguarandi onde ela nasceu e viveu parte de sua infância, aos seis anos de idade já teve seu primeiro emprego que era olhar as priminhas menores que ela, embora ela nunca tenha ido na escola, ela lembra de sua primeira professora que era sua prima, que quando fazia as tarefas da escola ensinou a Dona Myriam as letras iniciais de seu nome, e isso lhe serviu de base e aprendeu a escrever seu nome, com quatorze anos de idade se mudou para São Carlos e foi morar na Vila Prado, conseguiu um trabalho no antigo Bar São José na Rua 9 de julho esquina com a Rua Bento Carlos, lá entrou como aprendiz e realmente aprendeu tudo em matéria de cozinha desde de fazer salgadinhos até pratos sofisticados, e foi nesse mesmo local de onde pela janela via a passagem do Bonde e numa dessas passagens seu olhar cruzou com o olhar do motorneiro Avelino Sebin e algum tempo começou um namoro de quatro anos e o casamento, e dessa união nasceram os filhos Antônia Miriam, José Fernando, Dirlene Isabel, Rosenes Aparecida, Durval Umberto, Ernesto Paulo e Juanarita Sebin foram avós de 18 netos e 11 bisnetos, Dona Myriam nos contou como era o comércio no entorno da igreja São Benedito, e também falou dos tempos que moraram na Vila Neri, e que forneciam água para o circo vizinho da casa e que em troca a família e principalmente as crianças assistiam os espetáculos de graça, e que por morar por muito naquela região do antigo hospital novo, estranhou muito quando adquiriu a casa própria no Bairro Dr. Silvio Vilari, mais conhecido como “Lagoa Serena” e não havia asfalto nas ruas e faltava muita água, e contraditoriamente ocorriam muitos alagamentos e enchentes, sendo em quatro delas, perderam todos os móveis, roupas e documentos, e tem uma gratidão pelo Fabricio Tobias Serafim, que era um garoto na época e que ao vê-la sem forças para sair da casa que estava sendo invadida pela enxurrada, foi em busca de ajuda e conseguiram retirá-la, e ela o trata como um anjo que a salvou. Ela nos contou também um episódio cômico que, naquela região havia muitos sapos e crianças da rua jogavam sal e tentavam matar os bichos, foi quando ela resolveu recolher um deles ao qual deu o nome de “Cleide” mesmo sem saber o sexo do bichinho e com dó, ela confeccionou saia e blusa para a Cleide e o mais incrível é que a Cleide voltou cerca de um após com uma cinturinha fina e uma enorme tanajura em função das roupas que havia ganho de presente rs… e que desta vez foram retiradas, Dona Myriam sempre foi dona de um coração muito generoso, ela fazia bonecas e doava para entidades entregar para crianças carentes e não queria falassem quem fez a doação, outro talento que ela desenvolveu foi o de pintar lindos quadros, que assinava e doava para pessoas queridas, infelizmente a Dona Myriam Milaré Sebin deixou esse plano dia 09/07/2023, essas e muitas outras histórias e curiosidades de estão contadas por ela em 35 mini vídeos que estão no links abaixo, com produção de Benê Silva e Maria de Lourdes Tobias Serafim, fotos de Vilma Silva, edição e direção de Benê Silva, e com agradecimento especial à senhora Antônia “Toninha Sebin” que muito colaborou para elaboração desse trabalho, é o IBS Pesquisas Históricas e Ações Sociais eternizando as histórias de vida. OBS:- Algumas fotos ilustrativas foram retiradas da internet.
Links para playlist:- 1- Quem sou eu * 2- O 1º trabalho com 6 anos de idade * 3- A emoção ao ouvir o Hino Nacional * 4- Prima e 1ª professora * 5- Seu pai era meieiro na roça * 6- A vinda para São Carlos * 7- O trabalho no Bar São José * 8- Aprendeu tudo na cozinha * 9- O namoro com o motorneiro do Bonde * 10- O comércio perto da igreja São Benedito * 11- O casamento e a família * 12- A dona de casa com amor * 13- A magia do circo na Vila Neri * 14- O desapego da Vila Neri para a Lagoa Serena * 15- O sapo bem vestido * 16- As enchentes na Lagoa Serena * 17- O bairro sem asfalto e sem água nas torneiras * 18- Fabricio o Anjo na enchente * 19- Muitas famílias negras na Lagoa Serena * 20- O antepassado negro e o amor de mãe * 21- O sobrenome Porto e Del Puerto * 22- Os tesouros da mamãe * 23- Gratidão ao Professor Ari Pinto das Neves * 24- A irmã ajudava cuidar dos irmãos * 25- O guarda que era primo da prima * 26- O pai e a casa para os filhos * 27- As filhas e fisioterapia da mãe * 28- A mãe teimosa não para * 29- O desejo de ter estudado * 30- Não faço mais roupas para o sapo * 31- A doação de bonecas * 32- A arte de pintar quadros * 33- Dirlene e o prêmio de inclusão pela igualdade * 34- Dona Myriam adora samba * 35- A gratidão no encerramento.
