Manoel Pedro nasceu dia 17 de novembro de 1948 no distrito de Santa Eudóxia, mudou-se para São Carlos, com apenas 8 anos de idade e foi morar no bairro Tijuco Preto, estudou na Escola Estadual Andrelino Vieira do qual se lembra com carinho da professora Dona Conceição esposa do dr. Alderico Vieira Perdigão, ex prefeito da cidade, nos contou também das brincadeiras dos tempos em que morava na Vila São José e todos temiam um delegado que havia na cidade e que ao verem uma viatura da polícia as molecada toda sumia das ruas e que muitas vezes eles iam nadar no poço do Jóinha que fica pra baixo do Planalto Paraiso que era perigoso devido algumas armadilhas que haviam no fundo onde muitas colegas perderam a vida que ao mergulhar, não conseguiam voltar para a superfície e morriam afogado, como sempre foi apaixonado por esportes ou mais especificamente pelo futebol, jogou em alguns times da segunda divisão em Brotas e Descalvado, no auge do futebol amador da cidade jogou no timaço do Vila São José e também no time do Vila Isabel, quando atingiu a maior idade começou a vida profissional, seu primeiro trabalho na cidade foi como servente de pedreiro, depois foi trabalhar na roça como ajudante de caminhão, ocasião quando aprendeu a dirigir, mas por orientação de seu irmão Júlio que disse que não deveria trabalhar sem registro em carteira, foi quando arrumou trabalho na Peloplas uma metalúrgica que funcionava no início da Av. São Carlos que era chamada de Sambra, atual Praça Itália; Dali se transferiu para a CBT, Clímax, depois para a Sicon, atual Techumsh, em seguida foi para Engemasa, e seu último trabalho registrado fundição Ferbal que funcionava na Rua Raimundo Correa, onde atuava como encarregado do setor de fornos, e de onde ele contou varias passagens pitorescas ocorridas durante as atividades de lazer que ele promovia junto aos demais funcionários e dentre as ações a mais constante eram as partidas de futebol onde inclusive o patrão também participava. Aos 43 anos de idade, amparado pelos vinte e seis anos de trabalho insalubre Manoel se aposentou, com pouca idade, saúde e disposição, Manoel comprou um automóvel e foi trabalhar como taxista onde viveu um verdadeiro inferno astral ouvindo trotes e insultos racistas, onde até uma família humilde foi usada para atingi-lo e muitas outras formas de boicotes foram usadas para tentar tira-lo da atividade onde sofre preconceito negro por ser um taxista negro, e tudo isso foi superado a ponto de o mesmo ter conseguido comprar seu próprio ponto. Manoel então viúvo e pai dos filhos Celso e Silvia, como taxista teve a felicidade de conhecer a professora senhora Marilisa Silva Camilo Pedro, que estava apenas de passagem em São Carlos e desse encontro começou um namoro e o casamento e a senhora Marilisa se tornou a nova cidadã Sãocarlense. Manoel também nos contou sobre o atendimento para a tia doente e o milagre de a mesma recuperar a visão, estes e muitos outros episódios que fizeram a história de vida do senhor Manoel esta agora no projeto “A minha história e a cidade”, com produção e fotos de Benê Silva e Maria de Lourdes Tobias Serafim e edição e direção geral de Benê Silva é o IBS Pesquisas eternizando as histórias de vida.
Links da playlist
1- As lembranças da infância * 2- Os primeiros empregos * 3- O trabalho o irmão e os filhos * 4- Os grandes times do amador da cidade * 5- O delegado temido por todos * 6- O poço condenado * 7- Aposentado sim vagabundo não * 8- O inicio como taxista * 9- Os trotes e insultos racistas * 10- Uma família sendo usada pra me atingir * 11- O preconceito negro * 12- Os carros do taxi * 13- A fé em busca da cura * 14- A perda da esposa * 15- Os milagres alheios * 16- O milagre da visão da tia * 17- O futebol preto contra branco * 18- A suspensão depois da festa * 19- Sem perdão por falta do trabalho * 20- O patrão foi de herói a vilão * 21- A mácula do olho perfurada * 22- A gratidão no encerramento