O senhor Luiz Carlos Nascimento, filho de Francisca Nascimento nasceu dia 08/05/1942 na cidade de Ribeirão Preto SP, teve duas irmãs Jair do Nascimento já falecida e Ivete Aparecida do Nascimento e em 15 de julho de 2015 ele nos recebeu na quadra do Centro Cultural esportivo Escola de Samba Embaixadores onde no alto de seus 73 anos de idade, nos contou sua trajetória de vida, que nasceu na Rua Saldanha Marinho, 663 antigo cortiço do Colafemena, estudou no Grupo Escolar da Rua Amador Bueno, se lembrou quando na infância num dia de domingo, sua mãe ficou muito comovida quando ouviu no rádio o anuncio da morte do cantor Francisco Alves, se lembrou de quando escorregou e caiu no rio da Avenida Jeronimo Gonçalves, após uma enchente em que estava junto de sua irmã e após quinhentos metros, quando já estava se afogando e foi salvo por carroceiro, com oito anos de idade começou a trabalhar com o senhor Odilon “Ferreiro” que era ferrador de animais, embora fosse menino, se lembra que pegava nas patas dos burros que vinham nas carroças entregar gelo na fábrica da Antarctica na rua Coronel Luiz da Cunha, e assim aprendeu a profissão de ferreiro de animais com o senhor Odilon, também trabalhou na lenhadora com o senhor Antonio Perez, onde fazia entrega de lenha e carvão. Nas segundas feiras tinha matines no teatro Pedro II onde assistia filmes do “Durango Kid”, “Roy Roger”, “Flash Gordon” e o dono do teatro era o senhor Osvaldo de Abreu Sampaio, que era muito conhecido na cidade e o gerente era o senhor Mario Ferreira, ambos já falecidos, foi nessa época que apenas seis anos de idade, na rua Lafaiete com rua Alvares Cabral, tinha um salão onde ensaiava a Escola de Samba Os Bambas, e lá foi o menino Nascimento que entrou e já começou a pular e dançar no ritmo e isso chamou a atenção do senhor Brito, já falecido que era o coordenador que ao vê-lo lhe disse “vem cá moleque você vai sair na escola de samba” ele ficou radiante e aceitou o convite, porém ao chegar em casa e contar pra sua mãe, a mesmo o proibiu de desfilar, porém o menino saia escondido para ir aos ensaios, até que sua concordou e ficou orgulhosa de ver seu filho desfilando na rua General Osório, que ela também passou a fazer parte da ala das baianas da escola que na época se chamava “Corte da Escola”, e esse foi o início do contato com o carnaval e as escolas de samba, mas ele nos contou de sua juventude gostava de dançar e de namorar, tem boas recordações da Orquestra Laercio de Franca e os grandes bailes que eram realizados nos salões “Socorros Mútuos”, “Dante Alighieri” e “Mogiana” era uma época onde se curtia a musica popular brasileira de qualidade. Ele nunca participou ativamente do movimento negro de Ribeirão Preto, mas se lembra de ter participado da solenidade de assinatura da ata de doação da área de terra na Vila Branca, hoje Vila Virginia denominada de “José do Patrocínio” que na época era para utilização das nove Escolas de Samba da cidade e que foi assinada pelo então prefeito Antonio Duarte Nogueira, e graças há um trabalho incansável de pessoas como Carlão da Drogasil, Mário, Rubens Gordo, Seu Joaquim dentre outros, homens negros que lutaram por essa conquista, e só lamenta desse projeto não ter dado certo. Sua trajetória no carnaval durante cinco anos foi na “Escola de Samba Os Bambas”, depois se transferiu para a “Escola de Samba Meninos e Meninas lá de casa”, que eram rivais fervorosas e essa mudança lhe custou a perda de muitos amigos, porém três anos depois ele retornou para Os Bambas e nessa época os ensaios eram realizados na União Geral dos Trabalhadores, na Rua José Bonifácio, depois algum tempo surgiu a “Escola de Samba dos Aliados”, que no primeiro ano na passarela, desfilaram com ternos de linho 120, dando a entender que vinham para emplacar, e emplacaram, e está escola foi fundada pelo senhor Artur e seus filhos Luizinho e Paulinho que é pai do Paulo que hoje responde pelo Grupo Orumilá, e nessa escola no primeiro ano saiu o carioca chamado Carlinhos Durão que era mestre sala e saiu mascarado que por pertencer a alta sociedade da cidade, não queria ser reconhecido, mas não adiantou porque ele fora reconhecido e pouco tempo depois o carioca fundou a “Escola de Samba Acadêmicos de Vila Paulista” e nesse embalo ele também foi convidado e aceitou ir para a nova escola onde ficou por uma boa temporada até que surgiu ideia de fundar uma nova escola de samba em 1967, e essa criação foi uma das coisas mais gostosas que eu me lembro, nós fomos desfilar em Uberaba com os Acadêmicos nas Festa do Boi, ocorreu que um integrante da escola que no bairro Tanquinho, foi agredido por um guarda costas do Carlinhos, o Nascimento saiu em defesa desse componente e isso provocou uma briga generalizada, retornando para Ribeirão Preto passados uns três dias ainda sobre o efeito da entrave ocorrido na cidade mineira, Nascimento pensou a bateria e nossa aqui da vila, então porque não fundar uma escola de samba aqui na vila, e assim numa reunião na casa do senhor Paulo Magnus Viana “Quito” e sua esposa Dona Paula que também se interessaram pela ideia, reuniram-se Barioni, Laércio, Lobó, e outros num total de vinte pessoas aproximadamente e na troca de ideias sobre o nome o Paulinho “Quito” disse porque não Embaixadores do Samba! E o nome foi aceito e assim surgiu “Os Embaixadores do Samba” e nos primeiros anos não havia estatuto era tudo informal até que em 1969 foi regularizado e passou a e se chamar “Escola de Samba Embaixadores dos Campos Elíseos” no desfile de 1968 foi um perrengue porque não tinha fantasia, nem calçado para todos os componentes e foi aquele desfile que dava dó, mas dava gosto porque estavam todos unidos e começou a repercutir na cidade a bateria dos Embaixadores, o se transformou numa marca que foi a formação de muitos músicos batuqueiros como Acácio, Mestre Bica, Mussum, Donizete e muitos outros que até hoje fazem parte da família Embaixadores, e o Carlinhos Durão uma vez fez uma crônica que dizia “O Mestre Nascimento não toca nenhum instrumento mas tem ouvido para formar uma bateria que é algo impressionante” este elogio vindo de um carioca que formou uma das melhores escolas de samba da cidade que foi Os Acadêmicos de Vila Paulista é motivo de orgulho que ele carrega pela vida toda. Oficialmente a escola tem 19 títulos do carnaval de Ribeirão Preto sendo que conseguiu a façanha de conseguir oito títulos consecutivos na segunda sequência de títulos de 1980 até 1985 quando perdemos o título por meio ponto para os Bambas, mas a passagem marcante foi no carnaval de 1970 durante a apuração o diretor Alberto Salles Pereira estava ao lado do então jovem repórter Wilson Toni que informou vocês ganharam por meio ponto e o Alberto já começou a comemorar e eu pedia para ele esperar o anuncio oficial mas ele não se conteve e ai tive a certeza que éramos campeão pela primeira vez, no ano seguinte tinha em Barretos, um festival regional de escolas de samba e vinham agremiações do estado todo participar e os representantes desse concurso vieram para Ribeirão Preto e movido pela fama dos Acadêmicos, foi direto na loja de rolamentos Durão e contrataram a escola, sem saber que o vencedor do ano anterior era os Embaixadores, os diretores foram atrás por uma questão de direito já que tinha sido campeão, porém não conseguiram apoio financeiro para participar, só que isso não foi empecilho porque Os Embaixadores conseguiram ônibus por intermédio do senhor Magnus Quito que era fiscal do DER e assim a Escola foi com a cara e a coragem e para a surpresa geral a escola trouxe a título de vice campeã, perdendo apenas para a Escola de Samba Estrela do Oriente da cidade de Barretos. A cidade de Bebedouro também fez um festival de escolas de samba o e os Embaixadores também foi campeã por isso o Nascimento diz com orgulho que a escola veio pra ficar e ficou e também de agradecer aos antigos diretores, Zezão, Pedro Júlio, Coutinho, Alberto, seu João, Dona Juraci, Dona Paula Viana, Guinha costureiro, Tilica, e outras dezenas de pessoas que colaboram para o sucesso da agremiação, mas tem uma pessoa muito importante na trajetória dos Embaixadores que foi a presença da Ana Lucia Arcangelo, que começou quando a escola ensaiava na Rua São Paulo e não tinha lugar para guardar os instrumentos e usava a casa dela para depois de algum começaram a namorar e se casaram e ela passou a ser peça fundamental na história da escola inclusive num período de ausência do marido para acerto com a justiça e nesse momento dona Ana assumiu a frente da escola e a manteve no topo como sempre, sendo que na história do carnaval de Ribeirão Preto, o nome Nascimento é uma instituição respeitada por todos e esse respeito foi adquirido através das ações e benfeitorias proporcionadas para toda a comunidade da Vila Mariana e região com um trabalho social intenso através de atenção a saúde, com transporte para UBS central ou Hospital das Clinicas, além das parcerias com as medicina da USP, da Unaerp e aquisição de cestas básicas distribuídas para famílias carentes, além da inúmeras campanhas de distribuição de ovos de pascoa, tem a cavalgada de Nossa Senhora, Festa das Crianças, Escolinha de futebol, aulas de capoeira, o PIC de alongamento para os idosos , o varal solidário, a festa de Natal e muitas outras atividades que só enobrecem conduta Social dos “Embaixadores, que não é nem melhor e pior, apenas diferente”, tudo registrado em 48 mini vídeos e 492 fotos é uma verdadeira viagem no tempo na vida do seu Nascimento e dos Embaixadores, com a produção, edição e direção de Benê Silva, é a IBS Pesquisas eternizando as histórias de vida.16/04/2022.
Segue os links para as playlists pessoal
1 Quem sou eu * 2 A infância no centro da cidade * 3 O trabalho na infância * 4 O afogamento na infância * 5 O inicio no carnaval com 6 anos de idade * 6 A juventude e os grandes bailes * 7 A passagem por varias escolas de samba * 8 Dona a eterna companheira * 9 De uma briga em MG surgiu Os Embaixadores * 10 A formação de músicos batuqueiros * 11 As várias passarelas do samba em RP * 12 Os Embaixadores com 1200 componentes * 13 A escola foi octacampeã do carnaval * 14 Embaixadores vice campeã em Barretos * 15 A posse da quadra para os Embaixadores * 16 A área José do Patrocínio * 17 Sempre ajudou as coirmãs * 18 A diferença dos antigos diretores para os atuais * 19 O nome Nascimento é sinônimo de respeito * 20 As ações Sociais * 21 As aulas de capoeira * 22 A cavalgada de Nossa Senhora * 23 A distribuição de alimentos * 24 A escolinha de futebol e os idosos * 25 A falta de apoio * 26 A gratidão no encerramento * 27 As considerações finais
Playlist carnaval de campeão de 2013
21 mini vídeos de Embaixadores super campeã
Fotos Nascimento e Dona Ana
Antigos Carnavais Embaixadores
Carnaval Embaixadores
Entrevista para TV
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A fé em Nossa Senhora Aparecida
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A fartura de comida para a comunidade
Festas Dia da Criança
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Nascimento e seus convidados
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A cavalgada de Nossa Senhora
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Aulas de capoeira para comunidade
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Distribuição de Ovos de Pascoa para as crianças
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Escolinha de futebol na quadra
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Festas de Natal nos Embaixadores