Dona Zênite do Carmo Araújo, filha de Benedito Máximo Araújo e Maria Joana de Paula Araújo, nascida em 10 de agosto de 1924 sempre viveu no bairro do Carmo nasceu na Rua Humaitá e depois se mudou para a Rua dos Libaneses onde morou por toda a vida e nos contou que quando seu pai construiu a casa eram apenas dois cômodos e tinham pouquíssimas casas, não havia asfalto nem luz elétrica as casas eram iluminadas por lamparinas, seu pai era ferroviário e sua mãe era lavadeira durante a semana e cozinheira de festas de casamentos nos finais de semana, estudou no antigo Grupo Escolar Antonio Joaquim de Carvalho, onde fez o curso primário e depois estudou na escola profissionalizante “Industrial” onde aprendeu a profissão de costureira e exerceu durante toda sua vida de trabalho com a qual ajudou seus pais a criar seus irmãos e sobrinhos e da qual fala com muito orgulho que modéstia à parte foi uma excelente profissional e que se orgulha de por muitos anos ter sido a responsável pelos trajes finos de famílias tradicionais de Araraquara dentre as quais destaca a família Lupo e Bradfischer dentre muitas outras, Dona Zênite também falou com muito orgulho sobre a formação de seus irmãos, com os quais sempre teve a preocupação que os mesmos estudassem tanto que os quatro tiveram sucesso em suas carreiras profissionais, Deblayr se formou alfaiate, Eutícya professora, Maria Julia secretária e Eunice funcionária pública da Secretária de Educação em São Paulo, como nasceu e cresceu no Bairro do Carmo, foi testemunha viva de toda as transformações ocorridas na região e lembra do comércio da época que era formado por casas comerciais chamadas de “venda” ou “armazém” e se lembra da venda do Seu Meciano, e também do Seu Sebastião Colombo, e a Loja Sol Nascente todas na Av. Sete de Setembro que com o tempo se firmou como centro comercial do bairro, e contou sobre as evoluções da Igreja de Nossa Senhora do Carmo que era uma capelinha, e passou por várias reformas até construção do atual prédio, assim como falou das tradicionais festas realizadas durante a semana da padroeira e que seus pais montavam barraca para vender café, bolo, quentão e doces na quermesse realizada após a procissão e neste período vinham muitos visitantes nascidos na cidade mas que se mudaram a grande maioria para São Paulo e que vinham na festa então os moradores organizavam dentre outras coisas “Pic Nics” na fazenda Salto Grande e sem contar o Baile do Carmo que fazia parte deste contexto e que é realizado até os atuais. Dona Zênite com 92 anos e com um senso de humor de dar inveja, ela nos contou como era o “footing” aos domingos a noite na Avenida São Paulo com a Rua quatro, dentre muitas outras façanhas e curiosidades que estão narradas por ela mesma nos vídeos abaixo, ela nos recebeu em sua casa na Rua dos Libaneses próximo da rua Catorze no dia 18/01/2017 e suas histórias estão aqui registradas e com a direção de Benê Silva, produção de Elenice Carvalho e fotos de Vilma Silva, é a IBS Pesquisas Históricas, eternizando as histórias de vida. (15/07/2020, data desta postagem Dona Zênite está com 94 anos lucidez e senso de humor invejável).
Estão disponíveis 12 mini vídeos nos links abaixo:
1 – Nasceu cresceu e viveu no Bairro do Carmo
2 – Os pioneiros do Bairro do Carmo
3 – Costureira de famílias tradicionais da cidade
4 – Da festa para o Baile do Carmo
5 – Como era o comércio no Bairro do Carmo
6 – A Festa do Carmo a boiada e os Pic Nics
7 – O quadro de Nossa Sra do Carmo na mudança
8 – As barraquinhas na quermesse do Carmo
9 – Não conheceu a Bahia que era seu sonho
10 – As viagens e o grupo da 3ª idade
11- O futing na rua 4 e o pai enérgico