Digenir Chaves Fugazza, nascida em Mirandópolis SP em 01/12/1944 filha de Abílio Chaves e Francisca Hilária Gonçalves Chaves a sétima filha de dez que o casal teve, diante das dificuldades da vida de colono que seu pai levava na fazenda onde trabalha com nove meses de idade seu pai mudou-se para São Bernardo do Campo na tentativa de melhora na vida, porém vivia de serviços temporários (chamados de bicos ou biscates), batalhou bastante e conseguiu comprar um terreno na Vila Dalila na Zona Leste era uma região totalmente desabitada embora criança se lembra bem de sua mãe e outras mulheres lavando roupas nas pedras do córrego Aricanduva que era uma fonte de água limpa e é o mesmo que hoje provoca enchentes na cidade de São Paulo, aos 8 anos vislumbrou sua profissão através de uma placa que dizia “Guarda Livros”, ficou encantada com este e nome e decidiu ali “ Guarda Livros, é isso que eu quero ser” e quis o destino que por influência de sua mãe que gostava muito de leitura, a mesma viria e se tornar uma profissional da contabilidade, mas não sem antes aos 14 anos iniciar sua vida profissional na fábrica de chuveiros Fame até os 18 anos porque a empresa só admitia menores de idade. Em 1968 concluiu o curso ginasial em seguida fez o curso Técnico de Contabilidade, muito apaixonada pela profissão, teve um começo muito difícil para uma mulher e negra atuando numa área exclusivamente masculina, mas perseverou, foi competente e atuou em várias empresas multinacionais como: KPMG Klynveld Main Goerdeler Auditores S/C e Delotte, Ross Tohmatsu Auditores Independentes até 1994 quando se aposentou, seguindo o sonho do marido de sair de São Paulo, após visitar muitas cidades do interior paulista, optou por São Carlos, onde atuou voluntariamente dando assessoria para associações e cooperativas com pouco poder aquisitivo, a partir de 2002 passou a atuar na luta em favor do Movimento da Economia Solidário, teve uma grande influência nos trabalhos em pró de ações para geração de emprego e renda como coleta seletiva, culinária e artesanato área na qual de destacou onde criou e presidiu a Associação chamada Uniarte São Carlos, que buscava dar visibilidade para o artesanato da cidade chegando a organizar feiras com a presença de mais de 90 expositores da cidade e da região, esposa, mãe e avó dedicada Digenir gravou suas histórias em 08/09/2014 que agora foram transformadas em 21 mini vídeos que já estão disponíveis nesta plataforma.
Estão disponíveis os links abaixo para a play list com 22 mini vídeos:
1 – Quem sou eu
3 – A Infância e as lembranças do Rio Aricanduva
4 – A mãe a frente de seu tempo priorizando a educação
5 – A alegria dos pais e a dor da perda
7 – O amor pelo nome que virou profissão
8 – O 1º contato com a contabilidade
9 – O genro virou amigo do sogro
10 – O uruguaio desonesto
11 – O bom capitalismo
14 – Celebridade no SBT do Silvio Santos
15 – A discriminação
16 – O inicio da economia solidária
17 – O fim das feiras de artesanato pela vaidade pessoal
18 – A importância do Artesanato Solidária box 63
19 – A questão dos preconceitos
20 – Uma digna Cidadã São Carlense